"É uma reunião de trabalho não há tempo para campanhas"

Publicado a
Atualizado a

Como presidente do Congresso, o que espera dos sócios?

Espero uma grande participação dos 414 delegados inscritos. Tentámos criar as condições necessárias para os sócios apresentarem as suas ideias e as suas sugestões, relativamente ao Sporting do futuro, para que o Sporting no futuro seja mais forte, mais competitivo e seja ainda mais respeitado.

Ao início temeu-se a fraca aderência dos sócios. Está contente com a participação?

Eu gostava que fosse mais, mas atendendo a que de todos os congressos este é aquele que tem mais particularidades, um modelo completamente novo, acho que posso considerar--me satisfeito. Porque se trata de um congresso onde as pessoas apresentaram previamente comunicações escritas, o que exige tempo, meditação e posicionamento das várias recomendações pelas quatro mesas. Significa que a massa associativa do Sporting se mostrou disponível para o clube da sua paixão.

As recomendações foram apresentadas previamente e, segundo algum sócios, para a direcção controlar o que vai passar no Congresso...

De maneira nenhuma. Controlar para quê? Elas vão ser apresentadas. O que era preciso fazer, como as propostas eram distintas, tínhamos de as classificar para as dividir pelas quatro secções. É um trabalho que tem de ser feito antes, não pode ser feito na altura. Cada sócio podia apresentar até ao máximo de 20 recomendações e nós precisávamos de as conhecer para as separar pelas respectivas secções. Foi por uma questão prática, não de censura.

Quanto tempo vai ter cada delegado?

Há mais de 200 propostas, se cada uma levar 10 minutos dá dois mil minutos e nós temos apenas um dia e meio. Temos de pensar um Congresso realizável. Faço um apelo aos delegados para que sejam sucintos nas sua intervenções, muito objectivo, de outra forma torna-se insustentável. Dia e meio não é assim tanto como parece...

Em ano de eleições o Congresso será um centro de campanha?

Penso que não vai haver margem para fazer campanha. Dia e meio não dá para isso. Claro que há o tempo das refeições (almoço e jantar de sábado juntos), aí vamos falar disso, não tenho dúvidas. Mas acho que até nessas alturas vamos trocar impressões sobre o que se passa no congresso. Nem para as reuniões paralelas haverá tempo.

É normal a menos de três meses das eleições não haver candidatos?

Eu acho que os sportinguistas estão concentrados nas competições desportivas e no Congresso. Depois pensam nas eleições. É uma reunião de trabalho, todos os minutos serão aproveitados para trabalhar.

Esta é já a oitava edição...

Sim, mas o primeiro com este modelo e grau de exigência. Os outros foram mais em tom de convívio. Este tem propostas, ideias, discussão, um apontar de caminho. As recomendações que vão sair daqui ficarão escritas para o futuro.

Então, se o próximo presidente eleito quiser usar essas recomendações pode?

Sim. As ideias ficam a ser propriedade do clube. Vamos com certeza aproveitar muitas ideias para o futuro do clube. Se assim não fosse não fazia sentido. Os sócios têm agora uma palavra a dizer sobre o futuro do clube na vertente associativa, das modalidades, do futebol e da área financeira.

Como presidente do Congresso que futuro prevê para o Sporting?

Como clube centenário, nos primeiros 100 anos o Sporting foi a maior potência do desporto em Portugal, aquele que mais atletas campeões Olímpicos deu País. Para que nos próximos 100 anos continue a produzir campeões e continue a prestar um bom serviço ao País e ao desporto nacional.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt